A cidade será palco, na tarde desta sexta-feira (15), de uma importante mobilização em defesa dos direitos das mulheres. A Caminhada pelo Fim da Violência Contra a Mulher acontece a partir das 16h, com concentração em frente à Secretaria de Assistência Social, localizada na Rua Jarbas Mendes, nº 270, no bairro Brasília.
O trajeto seguirá até a Praça da Bandeira, reunindo representantes da sociedade civil, servidores públicos e a comunidade em geral. A ação tem como principal objetivo dar visibilidade ao enfrentamento da violência de gênero, além de incentivar mulheres a denunciarem abusos e a buscarem apoio.
Dados preocupantes
De acordo com informações da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, os casos de violência contra a mulher no município ainda são alarmantes.
- Em 2022, foram emitidas 156 Medidas Protetivas de Urgência;
- Em 2023, o número caiu para 141,
- O mesmo total se repetiu em 2024;
- Apenas entre janeiro e julho de 2025, 76 medidas protetivas já foram registradas.
- Já no CREAS em 2024 foram encaminhadas para atendimento e acompanhamento cerca de 40 casos de mulheres vitimas de violência doméstica.
Os números indicam que o problema persiste, exigindo ações contínuas de prevenção, acolhimento e responsabilização dos agressores.
Conheça os tipos de violência contra a mulher
Especialistas alertam que a violência contra a mulher vai além das agressões físicas e pode se manifestar de diversas formas. Conhecer esses tipos é fundamental para combatê-los:
- Violência física: agressões como tapas, socos, empurrões e chutes.
- Violência sexual: qualquer ato sexual sem consentimento, incluindo estupro e assédio.
- Violência psicológica: humilhações, ameaças, controle excessivo, manipulação emocional e isolamento.
- Violência patrimonial: destruição de bens, retenção de documentos ou controle dos recursos financeiros da mulher.
- Violência moral: calúnia, difamação e injúria que ferem a reputação da vítima.
- Violência política: ações que dificultam ou impedem a participação de mulheres na vida política, como ataques morais e sexuais a candidatas.
Rede de apoio e canais de denúncia
Mulheres vítimas de qualquer forma de violência não estão sozinhas. Uma ampla rede de proteção está disponível para orientações, acolhimento e denúncias:
- Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher – serviço gratuito, sigiloso e 24 horas.
- Ligue 190: Em casos de emergência, a Polícia Militar pode ser acionada.
- Delegacias Especializadas (DEAMs): Atendimento humanizado e específico para mulheres vítimas de violência.
- Campanha Sinal Vermelho: Mulheres podem sinalizar a situação em farmácias e comércios parceiros com um “X” na palma da mão, alertando discretamente para a necessidade de ajuda.
As mulheres vítimas de violência em São Lourenço do Oeste, também contam com o apoio da Secretaria de Assistência Social através do CRAS, CREAS, Secretaria de Saúde, além da Rede Catarina da Policia Militar, e DPCAMI